De certa forma, ir ao cinema sem saber muito bem o que virá pela frente, tem o seu lado bom pela surpresa dos acontecimentos dos fatos. No entanto, em se tratando de Guel Arraes na direção, Paula Lavigne na produção, Caetano na trilha, e o elenco, composto por pérolas da classe artística brasileira como; Marco Nanini, José Wilker, Matheus Nachtergaele, Caio Blat, Andréa Beltrão, Zezé Polessa, Drica Moraes, Tonico Pereira e Bruno Garcia, não existia a impossibilidade mínima de ao menos provocar boas risadas.
Particularmente, algumas cenas me pareceram um tanto quanto caricatas imperando um certo canastrismo assim como outras se revelaram geniais como a quebra da quarta parede, o dramalhão das telenovelas e a cena clássica das pessoas amontoadas saindo da água e correndo pela areia de Tubarão (sim, o filme Tubarão de Spielberg com direito a menção `a trilha de John Williams).
Historicamente ele se apresenta interessante a medida que faz, em vários momentos, analogias com a política brasileira chegando a mencionar Jango. (Aliás, esses paralelos me fizeram refletir sobre a data de lançamento e a aproximação das campanhas eleitorais.)
Um filme leve, divertido, com ótimas atuações que merece ser assistido principalmente por ser um filme "nosso" e reflexivo.
