sexta-feira, 15 de outubro de 2010

VINCERE

Genial!





















Desconhecia, completamente, a história de Ida Dalser e isso quase, se não fosse a grande sacada da direção, fez de Mussolini um mero figurante em segundo plano.
Assisti ao filme com um amigo do meu curso de cinema e na sequência ele me enviou um email com tais observações que acho válido dividir aqui com vocês.

Segue; (em trechos...)

"Parece que um jornalista italiano fez uma profunda pesquisa sobre a Ida Dalser e lançou um livro sobre em 2005, o filme foi baseado nesse livro.
A história de Ida Dalser só é conhecida a partir de 2000 através de uma investigação do jornalista italiano Marco Zeni, que descobre o drama da mulher e do rapaz que Mussolini quis apagar da História e que acabaram, ambos, internados em hospitais psiquiátricos - ela morreu em 1937 e ele em 1942, de um estado de debilidade profunda. "Imagine-se", prossegue Timi, "uma criança a quem a mãe todos os dias recorda que ele é filho do Duce, que naqueles anos era o homem mais admirado, mais poderoso, era Deus. Depois a mãe é internada, ele muda três vezes de família, torna-se um desastre de identidade. Cresce, e como era parecido com o Duce e podia ser um perigo, dizem-lhe que a mãe morreu, o que era falso, e fecham-no num manicómio, onde morre. Não era louco, mas é levado à loucura."
Apesar de garantir ter se casado oficialmente com ele, este documento nunca foi encontrado. Mas vários outros documentos, cartas e bilhetes localizados por Zeni atestam a veracidade da história.

Um recurso extremamente eficaz é ter um ator (Filippo Timi) interpretando apenas o Benito jovem e, mais tarde, seu filho com Ida. O Mussolini no poder, aquele baixinho histriônico dos discursos famosos, é evocado em filmes ou retratos da época. Assim sendo, o espectador do filme compartilha com Ida, no período em que foi confinada, a visão limitada ao homem público projetado nessas imagens de mídia, que construíam o mito. O homem particular sumiu de seu convívio, negou sua relação e, depois, cancelou a própria existência de Ida. Seu filho não teve sorte muito melhor."

Eu diria mil vezes: Assistam e incorporem essa História de peso ao conhecimento cultural de vocês :))